Natural de Santos (SP), Vitor Alves de Mello Lopes iniciou seus estudos musicais aos 10 anos no Conservatório Municipal de Cubatão, atual Escola Técnica de Música e Dança Ivanildo Rebouças da Silva. Em 2017, foi selecionado como bolsista da Fundação Magda Tagliaferro, vinculada à Sociedade Cultura Artística, onde integrou a classe de piano da renomada professora Ilza Antunes Araújo.
Em 2019, ingressou na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) para cursar o Bacharelado em Piano Erudito, sob a orientação do Prof. Dr. Alexandre Zamith. Paralelamente, iniciou o curso de Bacharelado em Composição Musical, orientado por professores como a Profa. Dra. Denise Garcia, o Prof. Dr. José Augusto Mannis e o Prof. Dr. Francisco Zmekhol.
Ainda nos primeiros anos de graduação, envolveu-se com a pesquisa acadêmica, dedicando-se ao estudo da obra da compositora Dinorá de Carvalho, um marco em sua carreira. Sob a orientação do Pq. Dr. Tadeu Taffarello, contribuiu para diversas pesquisas sobre o legado pianístico da compositora. Concluiu o bacharelado em Piano em 2023 e atualmente prossegue seus estudos com o Prof. Dr. Mauricy Martin.
Como músico de câmara, integra o Trio Curió Parapinas (violino, clarineta e piano), grupo que se apresenta regularmente em eventos e concertos. Em 2023, foi pianista convidado no Festival Dinorá de Carvalho, promovido pelo Centro de Documentação de Música Contemporânea, onde realizou a gravação e estreia de várias obras inéditas da compositora.
Como compositor, tem se destacado pela valorização da música brasileira, sendo finalista do Festival Universitário da Canção de 2023, promovido pela UFMS, e vencedor do primeiro prêmio na edição de 2024, com sua canção “A Obra”, baseada no texto de Alonso Torres. Além disso, sua obra para barítono e orquestra foi selecionada para a Semana de Leitura da OSU, sendo interpretada pela Orquestra Sinfônica da UNICAMP.
Em 2024, Vitor expandiu sua atuação profissional ao iniciar um novo ramo como produtor cultural. Atualmente, está envolvido com projetos financiados pela Lei Paulo Gustavo, a Política Nacional Aldir Blanc e o PROAC de São Paulo. Nesse contexto, atua como diretor musical do projeto Dinorá de Carvalho 130 anos, financiado pelo PROAC-SP, onde coordena a produção de um álbum triplo inédito, dedicado à gravação de obras nunca antes registradas da compositora Dinorá de Carvalho.
Vitor também é editor musical, tendo revisado e editado centenas de peças, incluindo canções orquestrais de Alberto Nepomuceno e musicais da Broadway, como Funny Girl. Atualmente, integra a equipe de edição e revisão das óperas de Antônio Carlos Gomes, como Salvator Rosa, Maria Tudor e Fosca.
Seu foco acadêmico e artístico está no resgate da memória musical brasileira, com ênfase na redescoberta e valorização de compositores esquecidos. Essa dedicação tem norteado sua trajetória como pesquisador, intérprete, compositor e produtor cultural, reafirmando seu compromisso com a música nacional e sua projeção no cenário contemporâneo.
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